cada dia


cada dia se cala
um punho de luz
a queimar dentro

silêncio não é fim
animal eléctrico 
a respirar fundo

sangue das coisas
corpos escritos
o centro do nervo
a trabalhar dentro

cada dia se cumpre
lavaredas de horas
um rosto exaltado 
a língua em brasa 

os sons nascem
antes da boca
os gestos ardem
antes do sentido

(o dia irrompe 
em sombra -
ambrósia 
da matéria viva)

cada dia 
dentro do poema

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