A estrada
o asfalto rachado cuspia
fumo incandescente
o sol
mastigava ossos
sem clemência
cada passo um
grito
sufocado sem mapa
sem rumo só poeira
amarga
a estrada ri
da pequena trilha
a estrada sem líder
não tinha caminho
só o vento morto
a ditar o mote
caminhar é dragar
o vazio: morder
a própria língua